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FGTS aprova aumento no teto de imóvel do Casa Verde e Amarela

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta segunda-feira, 13, de forma unânime, uma reforma no Casa Verde e Amarela (novo nome do Minha Casa Minha Vida) para fazer frente à disparada da inflação das obras. O conselho aprovou um aumento generalizado nos valores máximos das casas e apartamentos comercializados dentro do programa habitacional.O reajuste será de 10% empreendimentos dentro de capitais e regiões metropolitanas; 15% para cidades com 50 mil e 100 mil habitantes; e 10% para as localidades entre 20 mil e 50 mil habitantes. Já as cidades com menos de 20 mil habitantes não terão reajuste.A última alteração ampla nos tetos do programa aconteceu em fevereiro de 2017. Depois disso, aconteceram apenas ajustes pontuais. A decisão do conselho curador do FGTS atendeu um pleito da indústria imobiliária, que passou a cancelar empreendimentos dentro do Casa Verde e Amarela alegando que as margens não ficavam mais de pé com a escalada dos custos dos materiais. O INCC acumulado dos últimos 12 meses chegou ao recorde de 17,3%.O conselheiro Abelardo Campoy Dias, representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), disse durante o encontro que a medida atende apenas parcialmente o setor imobiliário, mas é considerada positiva. "Embora o reajuste não seja suficiente para cobrir a alta dos insumos, traz um certo equilíbrio e permite ao setor retomar projetos que tinham ficado inviáveis", avaliou. "Embora não atenda totalmente os anseios do setor da construção, ele é muito bem-vindo", acrescentou.Na mesma reunião nesta segunda-feira, o conselho curador do FGTS também aprovou de forma unânime o aumento de 0,25% do subsídio concedido para diminuir o valor das prestações para os mutuários com renda familiar mensal de até R$ 2 mil, enquadrados no grupo 1 (antiga faixa 2 do Minha Casa Minha Vida).O conselheiro Daniel Ferreira, representante do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), reconheceu que esse esforço do fundo na concessão do subsídio é pequeno para ajudar as famílias de baixa renda. "São pequenos acréscimos no desconto, então entendemos que estamos mantendo as condições de contratação."Ainda assim, a ampliação desse subsídio a fundo perdido terá impacto na ordem de R$ 460 milhões sobre o FGTS considerando um aumento de 5% no volume total de contratações. Ferreira ponderou entretanto, que esse montante extra pode ser absorvido pelo próprio do FGTS sem seu orçamento anual entrar no vermelho nos próximos anos.Essas medidas entrarão em vigor só em 2022. Após a publicação da resolução pelo colegiado, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) terá 30 dias para regulamentar as condições da proposta, e a Caixa Econômica Federal (que é o agente operador do programa) terá mais 30 dias para fazer suas regulamentações próprias. Por fim, os agentes financeiros terão mais 120 para adequarem os sistemas às novas regras.Fonte: Exame

24 de setembro de 2021

Mercado imobiliário aponta para novo modelo de cidade pós-pandemia

Verdade seja dita: o mercado imobiliário é tradicional e importante para o nosso PIB, mas, historicamente, não é o melhor benchmark para quem pensa em inovação. Porém, como todos os mercados consolidados e propulsores de desenvolvimento, era necessário iniciar e acelerar novas formas de viver e de morar. Se na pré-pandemia havia iniciativas isoladas para criar alternativas e reinventar modelos, agora vemos uma onda pulsante e definitiva de novas tecnologias, pensamentos e escolhas em toda a cadeia imobiliária: da incorporação à gestão da vida em comum.O principal motivo? A casa virou, há 18 meses, o centro da vida. Da noite para o dia, além de moradia, o lar tornou-se escritório, escola, academia e única chance de lazer. O bairro e o comércio local também ganharam relevância. Observou-se um aumento exponencial, por exemplo, na busca por bicicletários nos mais de três mil condomínios administrados pela Lello Condomínios, onde moram mais de um milhão de pessoas. Resolver a vida a pé, ser amigo do vizinho e descobrir os tesouros do bairro se tornaram hábitos valiosos e geradores de felicidade para as pessoas.A formação de comunidades com a tecnologia como plataforma fez, e continuará fazendo, a diferença na forma de viver e morar, e o trabalho fora do escritório é uma tendência determinante para a reformulação de mercados inteiros, como o da moradia, do turismo e do varejo.Mobilidade urbana, felicidade e qualidade de vida domiciliar tornaram-se questões de crescente importância para quem mora na cidade, e isso impacta profundamente o mercado imobiliário, que se ajusta para atender às novas necessidades dos consumidores.Estamos em um tempo de profunda transformação de comportamento e estilo de vida, como as gerações vivas nunca viram acontecer. E as marcas estão tentando entender este “Zeitgeist”, esforçando-se para estarem cada vez mais perto dos consumidores, construindo o principal atributo de relacionamento pós-pandêmico: a confiança.Hoje, ter relação de prestação de serviços continuados com pessoas é ouro. Isso significa que bancos, administradoras de condomínios e imóveis, entre outros serviços, devem ter um canal aberto para conversar com as pessoas e construir relacionamentos sólidos, baseados em confiança e reciprocidade. Esta é a busca de cem entre cem prestadores de serviço e consumo, que, aliada a uma boa governança de dados, permite a criação de serviços tão personalizados que melhoram muito a entrega para o consumidor e as margens das empresas.O mercado imobiliário constatou isso e canalizou um boom de investimentos para viabilizar e sofisticar essa relação. Fusões, aquisições, movimentos que buscam encurtar espaços entre as pessoas e as marcas. Já se fala que está ocorrendo uma “fintechização do mercado”, trazendo mais flexibilidade para o segmento. Exemplo recente disso é a fusão do unicórnio brasileiro Loft com a fintech CredPago, logo depois da proptech captar US$ 425 milhões em uma rodada da Série D.Quer mais exemplos? O Quinto Andar anunciou a compra da plataforma de crédito Atta Franchising, sendo que há apenas dois meses levantou US$ 300 milhões em uma rodada que o transformou na segunda startup mais valiosa do Brasil, valendo US$ 4 bilhões. Isso sem falar na parceria da proptech Yuca com a Blackbird. Estes são sinais claros de que o mercado financeiro passou a enxergar o mercado imobiliário como asset de investimento e como um potencial transformador da forma como as pessoas moram.Impulsionada pela abundância disponível em investimentos e pelas startups, essa modernização do mercado imobiliário — tanto na forma de construir os empreendimentos como na maneira de transacioná-los e administrá-los — pode acelerar a internet das coisas, melhorar o acesso ao crédito, desburocratizar processos para os consumidores e, de fato, transformar a vida das pessoas.Segundo o estudo da ACE e Terracotta Ventures, já são mais de 830 startups na área de edificação (construtechs), gestão de propriedades (proptechs) e administração da vida em comum (condotechs). Esse grande volume se deve tanto pela demanda dos consumidores e de empresas maiores consolidadas, quanto pelo interesse crescente dos investidores em propriedades.De olho nessa tendência, empresas também mobilizam recursos para inovação. O Grupo Lello, por exemplo, lançou um laboratório para prototipar novas soluções em moradia nas cidades. Estão acontecendo agora projetos de formação de comunidades ancoradas a uma plataforma digital própria, a prototipação de uma comunidade sustentável em frentes como lixo, água e energia, além de desenhos estruturados dos novos códigos de moradia por grupos de antropólogos e cientistas de dados.Escolher uma casa e morar nela é uma atividade que tem que trazer felicidade para a vida das pessoas de todas as idades e faixas de renda. Entender e viabilizar isso é o segredo de eternizar uma marca de moradia na cabeça e no coração do consumidor.Novo morarVale dizer que o fenômeno do “novo morar” não é exclusivamente brasileiro. A pandemia levou muitas cidades a repensarem seus desenhos, conforme mais pessoas ficam restritas a seus bairros e bairros vizinhos. Isso é chamado de “modelo hiperlocal”, e exemplos interessantes estão sendo colocados à prova em todo o mundo, como em Melbourne, Milão e Paris.Cidade-símbolo de sofisticação urbana, a capital francesa pode, em breve, se tornar uma “cidade de 15 minutos”. Isto é, vai promover mudanças para que a população consiga tudo o que precisa — de supermercados e padarias a assistência médica — a apenas 15 minutos de distância de caminhada ou de bicicleta. Além de deixar a vida nas cidades muito mais agradável, um dos objetivos é reduzir o uso de carros, deixando o ar mais limpo para todos.O conceito foi criado pelo pesquisador Carlos Moreno, da Universidade de Sorbonne, baseado no trabalho da teórica canadense Jane Jacobs, que pensou que os bairros não se tratam apenas de prédios, mas de redes sociais também. Quanto mais incentivo à população a resolver o que precisa no próprio bairro, maior o sentimento de pertencimento e de orgulho local — ou, como chamam os urbanistas, “amour des lieux”.Fonte: Exame

22 de setembro de 2021

Novos rumos para o crédito imobiliário impulsionam o setor

“A semana foi marcada por diversas notícias positivas para o mercado e para o crédito imobiliário. As medidas anunciadas pelo Governo Federal deixam claro a importância da habitação para a geração de emprego e renda no País, mas também seu papel transformador na vida de milhões de pessoas que sonham com a conquista da casa própria.A construção civil foi reconhecida como um importante aliado para minimizar os impactos econômicos causado pela pandemia. Os resultados mostraram o mérito do setor: o nível de empregos na área subiu e hoje soma 7% do total, o que representa 5,9 milhões de brasileiros, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), um contingente expressivo de trabalhadores fazendo habitação, uma ação de impacto social importantíssima para a sociedade.O PIB da Construção Civil, que subiu 2,7% no segundo trimestre deste ano e puxou a elevação do PIB nacional, o que reforça a importância do setor para a economia brasileira.O programa habitacional Casa Verde e Amarela (CVA), que já beneficiou cerca de 1 milhão de famílias desde 2019, teve seu último ajuste em 2017, sendo que depois disso, só foram feitos ajustes pontuais. Acertadamente, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) calibrou há poucos dias os parâmetros do programa. Com isso, foram adequados os limites máximos operacionais do FGTS em 10% para empreendimentos dentro de capitais e regiões metropolitanas, 15% para cidades com 50 mil e 100 mil habitantes, e 10% para as localidades entre 20 mil e 50 mil habitantes.Houve, ainda, uma readequação na curva de subsídios, com valor máximo de R$ 47,5 mil para os grupos de renda familiar mais baixa; e redução temporária em 0,5% ao ano na taxa de juros para as pessoas físicas com renda de R$ 4 mil a R$ 7 mil (faixa 3 do CVA). Também foi disponibilizado um aumento de 0,25% do subsídio concedido para diminuir o valor das prestações para os mutuários com renda familiar mensal de até R$ 2 mil, enquadrados no grupo 1 (correspondente à antiga faixa 2 do Minha Casa, Minha Vida).Os avanços no programa foram muito importantes para atender a população de baixa renda – até mesmo por conta do déficit habitacional brasileiro que hoje gira em torno de 7,8 milhões de moradias -, e tudo indica que o programa será incrementado nos próximos anos, à medida em que o Governo anuncia que o orçamento do CVA será ampliado de R$ 56 bilhões em 2021 para R$ 61 bi em 2022, R$ 64 bi em 2023 e R$ 67 bi em 2024.Para uma família de baixa renda, que, em grande parte das vezes, vive em um ambiente cheio de precariedades, essa mudança pode significar uma oportunidade para darem um salto na vida, um panorama novo que permitirá à família dormir sob um teto seguro, ter acesso a saneamento básico e todas as garantias de uma vida digna.Para o segmento SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), a Caixa Econômica Federal trouxe novidades e baixou o spread de 3,35% para 2,95%, somadas à remuneração da poupança, o que representa uma queda de 0,4 ponto percentual, segundo o banco. O movimento é muito importante diante da subida da Selic e mostra o compromisso do Banco com a habitação e seu importante papel na sociedade. Além disso, sempre batemos nesta tecla e vamos continuar enfatizando a relevância dos juros se manterem abaixo de dois dígitos, o que permite que mais famílias acessem o financiamento imobiliário.Com a redução adotada pela Instituição, o mercado pode encontrar um equilíbrio diante da movimentação de bancos privados que estão buscando uma readequação das taxas. Medidas como a adotada pela Caixa vão de encontro à realidade vista em muitos países desenvolvidos, que mantém taxas de financiamento imobiliário em baixos patamares e mercados aquecidos.Para se ter uma ideia, a Numbeo, maior base de dados colaborativa sobre condições de vida em cidades e países, informa que o Brasil ocupa a 76ª posição em um levantamento sobre os valores de taxas de financiamento imobiliário pelo mundo. Na Finlândia, primeiro lugar na lista, a taxa é 1,4% ao ano. Nos EUA, 37º colocado, a taxa anual é 3,99%.Para os compradores, em particular, manter os juros do crédito imobiliário em baixo patamar é a garantia do acesso ao imóvel. Em média, cada 1% ponto percentual de queda na taxa equivale em uma redução de 9% no valor da parcela do financiamento.Graças à diminuição dos juros do financiamento nos últimos quatro anos é que uma pessoa, com a mesma renda ajustada pela inflação, consegue comprar um imóvel maior em função das melhorias nas condições de financiamento. O mercado imobiliário está crescendo em opções de produtos, condições de pagamento e competitividade no setor.Fornecer condições de crédito acessíveis à população é um passo fundamental para a consolidação do sonho de uma moradia digna e segura para todos”.*O artigo foi escrito por Luiz França, Presidente da ABRAINC – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias.

20 de setembro de 2021

Mercado imobiliário segue aquecido no Estado de SP

As vendas de imóveis usados cresceram pelo terceiro mês seguido no Estado de São Paulo, com alta de 7,12% em Julho sobre Junho, acumulando no ano saldo positivo de 31,36%. A locação de imóveis residenciais também aumentou em Julho, uma ligeira alta de 0,41% em relação ao mês anterior, com saldo de 22,18% nos sete meses decorridos desde Janeiro. Foi também o terceiro mês contínuo de alta.Os números apurados em levantamento feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP) com 906 imobiliárias de 37 cidades registraram variação negativa de 2,06% do índice estadual de preços de imóveis residenciais usados (IEPI-UR). No ano, o índice está positivo em 2,76%, mas abaixo da inflação de 4,76% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).“A moderação nos preços, tanto de venda quanto de locação, vem sustentando esse bom desempenho dos dois segmentos de mercado, além da necessidade inadiável de muitas famílias precisarem alugar moradia e da oportunidade que a situação econômica oferece aos que têm recursos ou conseguem crédito para a compra”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.Os compradores preferiram apartamentos (63,83%) a casas (36,16%) e os imóveis com preço final médio de até R$ 400 mil (62,44% do total vendido), a maioria com preço médio de metro quadrado de até R$ 4.000,00 (50,26%).Quem alugou em Julho no Estado optou mais por casas (52,8%) do que por apartamentos (47,2). Imóveis com aluguel mensal médio de até R$ 1.200,00 somaram 58,15% dos novos contratos. Nas negociações intermediadas pelas imobiliárias, os proprietários concederam descontos médios de 10,32% sobre o aluguel anunciado em imóveis de bairros de áreas nobres, de 8,65% sobre os bairros centrais e 8,76% sobre os de periferia.O comportamento das vendas no Estado foi diferenciado nas quatro regiões que compõem o levantamento do CreciSP. Na comparação com Junho, houve crescimento de 5,62% na Capital, de 24,77% no Litoral e queda de 1,52% no Interior. As vendas também cresceram 1,33% na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco.As férias de Julho impulsionaram o mercado de locação no Litoral do Estado, com aumento de 20,55% no número de casas e apartamentos alugados comparado a Julho. No Interior, o crescimento foi menor, de 4,07%. Na Capital, houve estabilidade, com redução de 0,13%, mas nas cidades da região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco a queda foi de 11,82%.Financiamentos perdem espaçoAs 906 imobiliárias que o CreciSP consultou em 37 cidades do Estado de São Paulo informaram que venderam mais imóveis à vista (48,22%) do que financiados por bancos (47,76%), sendo a maioria instituições privadas (32,92% contra 14,84% da Caixa Econômica Federal). Donos de imóveis financiaram a venda a prazo de 2,78% das unidades vendidas e os consórcios tiveram participação minoritária, de 1,21%.O presidente do CreciSP define como “distorcido” esse comportamento ao avaliar que as vendas seriam muito maiores se os financiamentos bancários tivessem maior participação no conjunto das vendas. “Imóvel não é um bem que se compra como um utensílio doméstico, pois é caro, costuma ser uma opção quase única na vida de muitas famílias e exige um comprometimento de muito anos com o pagamento da dívida”, resume Viana Neto.Mesmo descontando os efeitos do desemprego e da inflação crescente que corroe a renda de todas as classes sociais, ele entende que os bancos poderiam investir mais na concessão de crédito aos imóveis usados. “Nada contra que financiem a construção de novos apartamentos, mas muitos de seus clientes poderiam fazer bom negócio se tivessem crédito mais facilitado”, afirma o presidente do CreciSP.Além dessa facilitação no acesso aos empréstimos, Viana Neto entende que os que têm condição de comprar a casa própria precisam olhar para a oportunidade que os imóveis usados representam. “Eles são 30%, 40% e até 50% mais baratos que imóveis similares vendidos na planta e costumam ser maiores e tão bem localizados quanto os novos”, compara Viana Neto.Os imóveis usados vendidos em Julho tiveram descontos sobre os preços fixados Inicialmente pelos proprietários que variaram conforme sua localização. Em média, a redução foi de 5,07% para casas e apartamentos de bairros nobres, de 7,44% para os de bairros centrais e de 10,75% para os de bairros de periferia.Inadimplência menorO fiador pessoa física predominou entre as formas de garantia de pagamento do aluguel nos novos contratos, com 37% do total, seguido pelo seguro de fiança (25,58%), depósito de três meses do valor do aluguel (21,44%), caução de imóveis (9,78%), Locação sem garantia (3,92%) e cessão fiduciária (2,28%).As imobiliárias registraram que 4,21% dos contratos de locação que tinham em carteira em Julho estavam com o pagamento do aluguel atrasado. Esse nível de inadimplência é 8,34% menor que o de Junho. Elas também receberam as chaves de casas e apartamentos em número equivalente a 79,56% das novas locações, provenientes de inquilinos que desistiram de manter os contratos por motivos financeiros (52,33% do total) ou por outras razões, como mudança (47,67%).A pesquisa CreciSP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo.Fonte: ABCdoABC

17 de setembro de 2021

Caixa vai reduzir juros para financiamento da casa própria

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou nesta segunda-feira (13) que o banco vai reduzir a taxa de juros para financiamento imobiliário. Os detalhes, segundo ele, serão informados na quinta-feira (16). "A Caixa vai reduzir os juros. Não tá aumentando a Selic? Então, a Caixa Econômica Federal, com um lucro que nunca teve, sem roubar, vai diminuir os juros da casa própria. Mas isso fica para quinta-feira", afirmou durante cerimônia, no Palácio do Planalto, para lançamento do programa habitacional voltado a profissionais da segurança pública.Atualmente, a carteira de crédito habitacional da Caixa soma um volume R$ 528,9 bilhões, o que representa 67,3% de todo o financiamento imobiliário concedido no país. A Caixa oferece quatro modalidades de financiamento habitacional. Algumas delas têm seus juros corrigidos por taxas variáveis, que são influenciadas pela taxa básica de juros, a Selic. O anúncio de redução dos juros de financiamento da casa própria pela Caixa ocorre em meio a expectativa de aumento da taxa Selic. Atualmente definida em 5,25% ao ano, as projeções do mercado financeiro indicam que ela encerrará o ano de 2021 em 8% ao ano.Quando o Banco Central aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a Selic é reduzida, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Fonte: Agência Brasil

15 de setembro de 2021

Menos fiação, mais automação: como é a casa do futuro para os brasileiros

Quem passou a infância vendo “Os Jetsons” certamente cresceu imaginando um futuro no qual as casas seriam administradas por robôs e tarefas cotidianas não exatamente prazerosas, como lavar louças e roupas, deixariam de existir.Passados quase 60 anos do lançamento da sitcom de desenho animado, nossas moradias, de maneira geral, continuam bem parecidas com as de nossos antepassados mais recentes. Mas os anseios por residências totalmente automatizadas e mais práticas continuam.É o que revela uma pesquisa realizada pela Hibou, empresa especializada em monitorar hábitos de consumo e o mercado atual. Batizado de Casa do Futuro, o levantamento aponta as expectativas da população brasileira a respeito dos imóveis em que ela estará vivendo daqui dez anos — foram ouvidas 2.398 pessoas em julho deste ano.Casa tecnológicaPara 2031, 89,2% dos entrevistados esperam poder conectar e carregar seus aparelhos eletroeletrônicos sem avistar fios pela casa, o que equivale a torcer pelo desenvolvimento da indução eletromagnética e de sistemas wifi. Pisos antiderrapante, para diminuir os riscos de queda, são esperados para o mesmo ano por 75,1% dos participantes da pesquisa.A automação de luzes e cortinas é ansiada por 45,2% dos consultados, enquanto 24,8% preveem um assistente de voz que ajude a controlar o imóvel e realizar tarefas do cotidiano. Quantos esperam ver tomadas para carros elétricos daqui a dez anos? Cerca de 22%.“A pesquisa aponta mudanças de comportamento e consumo bem interessantes”, observa Ligia Mello, responsável pela pesquisa e sócia da Hibou. “Vale ressaltar que a simplicidade, o conforto e a segurança do lar estão em alta entre os brasileiros. A casa do futuro reúne a comodidade de um imóvel aconchegante e sustentável e as tendências tecnológicas que, em breve, farão parte da maioria dos lares do Brasil”.O apreço pelos painéis que captam a energia solar e o fascínio pela automação residencial servem de exemplo.Mais espaço para diversãoO percentual de pessoas que querem ter mais espaço para crianças e pets brincarem é alto: 81,3%. De modo geral, todo mundo parece estar em busca de uma casa mais prática, o que se explica facilmente em razão dos meses de isolamento social.A maioria das respostas também revela o anseio por soluções que facilitem a limpeza e propiciem maior comodidade para receber amigos e familiares.A maioria dos participantes do levantamento clama por maior circulação de ar — e desde já —, por iluminação natural, cômodo próprio para o home office e espaços para guardar itens pouco utilizados no dia a dia.Não são poucos, também, aqueles que adorariam ter uma área perto da porta de entrada para higienizar sacolas, bolsas e sapatos vindos da rua. É mais um reflexo da pandemia, que nos obrigou a conviver com nossas residências de maneira intensa e inédita.“Ficar em casa no período da pandemia fez o brasileiro ter descobertas importantes”, afirma Ligia, citando a propagação de barulho para a vizinhança, que causa cada vez mais conflitos com quase todo mundo em regime de home office.Isolamento acústico mais eficiente e melhor conforto térmico são outras características que os participantes do levantamento esperam para suas casas do futuro, além de paredes que sujam menos ou que são mais fáceis de limpar.A pesquisa também registrou os desejos para daqui cinco anos e traçou o perfil dos entrevistados. Do total, 56,3% declararam morar em residências próprias e 23%, em casas alugadas. Pouco mais de 40% disseram não ter planos de adquirir um imóvel e 9,3% pretendem fazer este investimento nos próximos doze meses. O futuro dirá.Fonte: Exame

13 de setembro de 2021

O futuro do mercado imobiliário em um mundo pós-pandemia

Após enfrentar um período de crise entre 2015 e 2017, o mercado imobiliário vinha mostrando sinais de recuperação ao longo de 2019, trazendo boas perspectivas para 2020. Entretanto a chegada do coronavírus ao Brasil impôs grandes mudanças de planos, paralisando negócios e muitos setores da economia. Contrariando essa tendência, o ramo de imóveis vem mostrando resiliência com sinais de recuperação desde o fim do segundo trimestre do ano passado. Diferentes motivos explicam esse aquecimento.No contexto nacional, a alta disponibilidade de crédito foi um incentivo para que os consumidores buscassem um imóvel — segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 2020 teve um crescimento de 57,5% nos valores financiados em comparação com o ano anterior.Além disso, os juros baixos facilitaram o lançamento de empreendimentos ao mesmo tempo em que atraíram compradores e investidores, que viram na aquisição de imóveis ou de fundos imobiliários uma opção com melhor rendimento e segurança do que outras modalidades de aplicação financeira.No cenário microeconômico, a pandemia gerou um efeito sobre a moradia e a relação com a residência: ao praticar o isolamento social e ter que ficar mais tempo dentro de casa, muitas vezes trabalhando à distância, as pessoas passaram a valorizar diferentes atributos, que antes podiam ter menor importância.De acordo com os dados da 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro” realizada pela DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+, 62% dos entrevistados apontaram como relevante um imóvel com ambientes bem divididos, enquanto 45% disseram que era importante ou muito importante morar em uma casa.Esse desejo de mudança impulsionou os mercados de locação e compra e também de reforma — é bastante provável que você ou algum dos seus vizinhos tenha feito uma obra durante a pandemia.O reflexo dessa maior demanda por itens de construção civil foi, claro, o aumento de preços. Mas isso é assunto para um outro texto.Por ora, vamos analisar o que a pandemia trouxe de mudanças para o mercado imobiliário, e como isso deve afetar o futuro.O mesmo isolamento social que acentuou o desejo por residências diferentes também fez com que o setor precisasse se digitalizar, acelerando um processo que ainda caminhava de maneira um pouco lenta.A disponibilidade dos anúncios em plataformas de compra e venda ganhou importância, assim como fotos de qualidade e descrições completas, oferecendo ao consumidor desde o início do processo de busca mais informações que apoiassem a tomada de decisão.Na 4ª rodada da pesquisa sobre a influência da pandemia no país, compradores e locatários disseram que entre as medidas mais utilizadas para encontrar um novo imóvel estavam a visualização de fotos profissionais, a busca do endereço completo (incluindo rua, número e bairro) e o uso de filtros específicos para encontrar o imóvel ideal.Porém o fornecimento do endereço completo também foi citado pelo mesmo grupo como a principal melhoria a ser feita.Isso nos indica que, apesar de o mercado passar a trabalhar com recursos digitais durante a pandemia, há espaço para desenvolvimento e utilização mais produtiva dessas ferramentas.Outro dado curioso do levantamento é que 57% dos respondentes disseram ter visitado presencialmente um imóvel, estande de vendas ou apartamento decorado nos últimos três meses, apesar de 53% terem afirmado sair de casa somente “para serviços essenciais”.Ou seja, conhecer um imóvel “ao vivo” não só é percebido como indispensável mesmo durante a pandemia como também é algo que parece não ser substituível por meio de visitas virtuais.Da mesma maneira, os profissionais do mercado imobiliário responderam na pesquisa da DataZAP+ sobre as transformações tecnológicas no setor que a vistoria online de imóveis e ferramentas que mostram o local mobiliado deve cair em desuso após a pandemia.Mas o que seguirá em alta? A utilização de fotos profissionais, queridinha de compradores e locatários, é também o recurso mais citado pelos profissionais como tendência a ser mantida por 67% deles.Na sequência, 64% afirmaram que vão seguir ampliando a disponibilidade de mais opções de imóveis nos portais e/ou sites próprios, ressaltando a importância de ter um portfólio digitalizado e de fácil acesso.Já a realização de videochamadas e a assinatura de contratos digitais continuarão a ser usadas segundo 53% dos respondentes.Fonte: Abecip.org e Exame

10 de setembro de 2021

Maior fundo soberano aumenta foco ESG em setor imobiliário

(Bloomberg) — O fundo soberano da Noruega prepara uma atualização da estratégia para garantir que seu portfólio imobiliário de US$ 30 bilhões esteja em linha com as metas de neutralidade de carbono traçadas no Acordo de Paris.“É hora de fazer mais do que falar”, disse Mie Holstad, que supervisiona ativos reais na Norges Bank Investment Management. “Trabalhamos agora em uma estratégia de sustentabilidade separada e aprimorada, que nos prepara para o ‘zero líquido’”, bem como novas leis e regulamentações em torno das emissões de carbono, disse a gestora.A pressão aumenta sobre gestores e proprietários de ativos para reduzir a pegada de carbono, quando cientistas alertam que o tempo está se esgotando para evitar um aumento cataclísmico das temperaturas globais. Uma revisão recente do mandato de investimento do fundo soberano norueguês apontou o setor imobiliário como uma área com riscos climáticos ocultos. Outros segmentos nos quais o risco climático é mal compreendido incluem bancos e seguros, concluiu a revisão.Holstad diz que o fundo soberano com sede em Oslo tem políticas bem definidas sobre investimentos ambientais, sociais e de governança, ou ESG na sigla em inglês. Por isso, ela está confiante de que o portfólio imobiliário já está preparado para riscos futuros. Antes de qualquer aquisição, o fundo seleciona possíveis alvos de riscos ESG, explicou.Embora a Noruega não tenha estabelecido metas formais de zerar as emissões líquidas para seu fundo soberano, Carine Smith Ihenacho, diretora de governança corporativa, disse no mês passado que “como fundo, é claramente do nosso interesse que as metas do Acordo de Paris sejam alcançadas. E isso inclui emissões líquidas zero até 2050”.Fonte: InfoMoney

08 de setembro de 2021

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